Então? Gostaram do novo visual? :/ ^^
Publicado por
Ana M. Custódio
em
21 de julho de 2015
Já Está! :D
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Ana M. Custódio
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Surpresa 1# - Capitulo 4 - The Power of Love
Publicado por
Ana M. Custódio
em
11 de julho de 2015
À medida que me aproximava
da grande porta que dava entrada para a mansão à qual chamava de minha casa, vários
pensamentos me iam passando pela cabeça. “Será que eu tenho sido injusta com a
mãe? Terá ela tentando proteger-me do seu sofrimento este tempo todo?” São
perguntas ao qual iria, não tarda, obter resposta. Rodeia a chave na fechadura,
abrindo a porta. Entrei dentro de casa. Bertha vinha da sala.
- Menina! Chegou mesmo a
tempo do jantar. – Disse ela, sorrindo afavelmente.
- Não tenho fome, Bertha,
mas obrigada. – Proferi, devolvendo o sorriso.
- Oh! Mas a menina tem de
comer alguma coisa.
- Eu como qualquer coisa
mais tarde, não te preocupes. – Tentei sossegá-la. – Onde está a minha mãe?
- Pronto, está bem! Mrs.
Owen está na saleta desde que a menina saiu esta manhã. – Comunicou-me Bertha,
algo preocupada.
Juntei os lábios numa linha.
- Obrigada Bertha! Eu vou
ver como ela está! – Proferi, dando-lhe um beijo na testa e dirigindo-me para a
saleta.
A divisão ficava numa porta
perto da entrada para a sala. Dei dois toques na porta com uma mão e com a
outra girei a maçaneta.
- Mãe? – Apelei.
Assim que entro na divisão
vejo-a sentada na cheselong, a olhar pela janela.
Pousei a mala e o casaco em
cima da mesa de escritório de madeira. Respirei fundo, dirigindo-me a ela e
sentando-me perto dos seus pés, também virada para a janela.
- Mãe? – Apelei mais uma
vez, afagando-lhe a perna.
Nesse momento, ela vira o
rosto para mim. Tinha os olhos inchados. Uma pontada de culpa dilacerou o meu
coração.
- Já chegaste! – Disse ela,
dando um sorriso melancólico.
- Precisamos de falar. –
Proferi, firme, mas gentilmente.
Ela desviou de novo o olhar
para a janela.
- O que queres saber?
Virei o corpo para ela.
- O porquê. Só preciso de
saber o porquê, mãe!
Ela olhou de novo para mim e
sentou-se direita, encostada à cheselong.
- Eu… Eu não sabia lidar com
a tamanha dor de perder o amor da minha vida e então, refugiei-me nas festas para
tentar esquecer… - As lágrimas já ameaçavam cair dos olhos. – Mas não te queria
deixar sozinha, estavas a sofrer tanto… E acabei por te “arrastar” comigo,
pensando que estava a fazer o melhor. – Baixou o olhar. – Mas não era… E tu
acabaste por ficar a pensar o pior de mim.- Abanou a cabeça, com as mãos a
esconder o rosto. Deixou cair os braços pesadamente, ao longo ao longo do seu
tronco. – Tenho de admitir que fiquei muito magoada com o que disseste esta
manhã, mas não te censuro, aliás, seria incapaz de te censurar, afinal de
contas, foram as minhas ações que te fizeram ter essa opinião. – À medida que
falava as lágrimas caiam, tanto no seu rosto, como no meu. A minha mãe estava
de rastos. Eu pus a minha mãe de rastos. – Eu fui egoísta, só pensei no meu
sofrimento e na minha perda e esqueci-me que tinha uma filha, que também tinha
perdido o pai…
- Não, mãe – interrompi-a,
apertando a sua perna – tu pensaste em mim, tu própria já o disseste. – Ela olhava
para mim, confusa. – Tu não querias deixar-me sozinha, por isso levavas-me às
festas contigo. Mas ao mesmo tempo, deixavas-me sozinha na mesma. Quer dizer,
eu sentia-me sozinha na mesma. – Ela baixou de novo o olhar. – E eu só
precisava de ti, do teu colo. – A minha mãe começou a soluçar, com os olhos
marejados de lágrimas.
Levantei-me e incitei-a a
chegar-se para o lado, para eu sentar-me mais perto dela. Pus um braço à volta
dos seus ombros, afagando o mesmo. Ela encostou a cabeça no meu ombro, chorando
cada vez mais. E eu chorei com ela, silenciosamente.
Ficámos assim largos minutos
até que ela se afasta ligeiramente, pegando nas minhas mãos.
- Perdoa-me por tudo o que
te fiz passar! Perdoa-me, por favor! – Pediu-me, suplicante.
Eu olhava para ela,
ternamente.
- Eu não preciso de te
perdoar por nada, mamã. – Acariciei o seu rosto. – Tu só tentaste fazer o
melhor para mim e eu não conseguia ver isso. Por isso, eu é que tenho de te pedir
perdão.
Ela levou também uma mão ao
meu rosto, sorrindo melancolicamente.
- Há tanto tempo que não me
chamavas “mamã”. – Dei uma pequena gargalhada.
Nesse momento, sinto os seus
braços envolverem-me, fazendo-me soluçar um pouco.
- Amo-te muito, muito,
muito! – Sussurrou ao meu ouvido.
- Também te amo muito, mamã.
– Apertei-a mais nos meus braços.
De repente, ouve-se alguma
coisa roncar, fazer ambas gargalharmos, quebrando o abraço que partilhávamos.
- Acho que estou com fome. –
Murmurou a minha mãe acariciando o seu estômago.
Eu ri um pouco.
- Por acaso eu também. -
Admiti. – Porque não vais tomar um banho e eu vou pedir à Bertha para servir o
jantar?
- Aceito! – Disse, sorrindo
mais abertamente. Parecia mais leve.
Levantou-se da cheselong,
encaminhando-se para a porta.
- Mãe! – Apelei. Ela
virou-se para mim. – A partir de agora, sempre que alguma de nós tiver algum
problema ou estiver a sofrer por alguma razão, vai ter com a outra.
Quando acabo de falar ela
dirige-se outra vez a mim, sentando-se há minha frente e estica o dedo
mindinho.
- Prometo. – Eu sorri e entrelacei os nossos dedos mindinhos.
Esta foi a primeira demonstração de amor entre a Kate e a mãe.
Espero que tenham gostado ^^
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Duas palavras e um número
Publicado por
Ana M. Custódio
em
10 de julho de 2015
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